Belo Horizonte – Nesta sexta-feira (6/8), 5º dia útil do mês, o Governo de Minas depositou para todo o funcionalismo público, incluindo aposentados e pensionistas, o pagamento integral, referente à folha de julho. O fim do parcelamento dos salários foi anunciado pelo governador Romeu Zema em julho deste ano. A conquista do governador se deu pela venda da folha de pagamento dos servidores para o Itaú, também pelo fato dos servidores terem descontados em seus salários a porcentagem referente aos seus vencimentos. Os descontos também alcançam os aposentados e pensionistas.

“Depois de mais de cinco anos de parcelamento dos salários dos servidores estaduais, vamos, a partir deste mês de agosto, pagar integralmente no quinto dia útil do mês. Servidores ativos, inativos e pensionistas do Poder Executivo vão receber 100% do salário relativo ao mês de julho de uma só vez, como deve ser. Mas isso não acontecia desde 2016″, afirmou Romeu Zema, em vídeo publicado nas redes sociais nesta sexta-feira (6/8).

“Entendo que o servidor que recebe em dia presta um serviço público melhor para as pessoas, em todas as áreas do Estado. É por isso que essa meta está sendo buscada desde o início da minha gestão. Inclusive, eu fiz um compromisso: enquanto o salário do funcionário não estivesse em dia, eu não receberia o meu. Desde que assumi o governo, em 2019, venho cumprindo, doando para entidades beneficentes tudo aquilo que recebo. Com gestão de verdade e um governo presente na vida dos mineiros, nosso estado avança”, completou. 

O Governador Romeu Zema continuará doando seus salários, mesmo após a regularização do pagamento dos servidores do Estado. Desde que tomou posse, o governador já fez doações para 55 instituições que, somadas ultrapassam o valor de R$ 250 mil. Além de doar os salários, o governador não mora na residência oficial e não usa aeronaves do governo apenas a sua. Só não sabemos se a manutenção e o combustível também são por conta dele.

Educação

A professora Márcia conta que o pagamento é um respiro para a categoria da Educação.

“A gente gosta da profissão, mas queremos o mínimo de reconhecimento, que é o pagamento pelo nosso trabalho. Fazemos com carinho. A nossa classe já foi muito desvalorizada e ainda é até hoje. Não chegamos ao que queríamos, mas tem melhorado bastante. Peço que os políticos e o nosso governador continuem olhando com mais atenção e respeito para essa classe que foi tão massacrada nos últimos tempos. Se o governador continuar fazendo o trabalho que está fazendo, muita coisa vai mudar”, acredita.

Já as professoras aposentadas MLSC e HRS reclamam que apesar de parcelado, o salário não tinha desconto. Elas perderam entre 10% e 15% de sua renda com a reforma realizada pelo governador Romeu Zema, mesmo tendo contribuído durante toda a carreira como professoras . “Trinta anos em sala de aula, para ter que continuar contribuindo na aposentadoria, ele ainda quer mexer com o Ipsemg”, lamentou MLSC.

Gestão eficiente

A regularização do salário foi uma das promessas de campanha do governador Romeu Zema. A situação pode ser resolvida graças ao aumento das receitas estaduais e também à venda da folha de pagamento do Estado. A transação foi concretizada por meio de um pregão, modalidade de licitação que tem como característica a agilidade e a economia para a administração pública. A oferta vencedora foi a do banco Itaú, que ofereceu R$ 2,42 bilhões, 18% a mais do lance mínimo de R$ 2,052 bilhões exigido pelo Estado para concretizar o negócio.

O Governo também informa que o pagamento dos repasses constitucionais de ICMS, IPVA e Fundeb devidos pela aos município estão sendo quitados. Dos R$ 7 bilhões previstos no acordo feito com a Associação Mineira de Municípios (AMM), o governo já repassou R$ 4,5 bilhões, o equivalente a 64%. Das 33 parcelas previstas, 20 já foram pagas, mesmo diante da crise econômico-fiscal enfrentada por Minas Gerais.

Fonte: Agência Minas
Edição: Luccas Castro