As doses iniciais do imunizante foram destinadas a servidoras da saúde que estão na linha de frente de combate ao coronavírus. Foram duas cerimônias nesta manhã de terça-feira (19), uma no Hospital Municipal Carlos Chagas (HMCC) e outra no Hospital Nossa Senhora das Dores (HNSD). Em ambas, o prefeito Marco Antônio Lage fez um alerta à população: a chegada da vacina não significa afrouxamento das medidas de prevenção.
Grupos prioritários
Segundo a secretária de Saúde, Eliana Horta, as doses iniciais da vacina serão destinadas a profissionais das UTIs voltadas para a Covid-19 e também para as UTIs convencionais. Na sequência, receberão a imunização os profissionais das enfermarias de Covid, Pronto-Socorro Municipal e Samu. No terceiro momento, serão contemplados os demais profissionais de saúde do sistema público e idosos residentes nas instituições de larga permanência (ILP).
“Claro que este é um cronograma inicial. A sequência da vacinação a gente definirá conforme a disponibilidade de doses entregues pelos governos Federal e Estadual. Na medida em que tivermos mais vacinas, vamos ampliando os públicos alvos, até atingir toda população. Vale lembrar que ainda estamos trabalhando com os lotes emergenciais, por isso a disponibilidade ainda reduzida. Mas acredito que este montante inicial já seja suficiente para imunizar aqueles que estão na linha de frente nas UTIs”, comentou a secretária Eliana Horta.
Sem baixar a guarda
Durante as duas cerimônias, tanto o vice-prefeito Marco Antônio Gomes quanto o prefeito Marco Antônio Lage pediram que a população mantenha medidas de prevenção como uso de máscaras, distanciamento social e higienização das mãos com álcool em gel. Os dois disseram que a chegada da vacina não é momento para baixar a guarda na luta contra a Covid-19.
“A mudança de comportamento imposta pelo coronavírus veio para ficar, não podemos nos descuidar dela agora porque temos uma vacina sendo aplicada. Essa imunização acontecerá com ritmo lento, levará um tempo ainda até que tenhamos um cenário seguro. Então, este momento que estamos vivendo não significa que estamos livres da pandemia. Pelo contrário, precisamos nos conscientizar para acelerar essa vitória”, afirmou o vice-prefeito.
No mesmo tom, o prefeito Marco Antônio Lage disse que a Prefeitura continuará com adoção de medidas que visam diminuir a proliferação da Covid-19 na cidade. Ele pediu ajuda à população para melhorar a situação em Itabira. “A vacina não pode ser vista como uma senha para o afrouxamento. Estamos recebendo apenas mil doses, que, logicamente, já nos dão uma esperança de dias melhores, especialmente porque estamos cuidado da nossa linha de frente. Mas ainda é um percentual muito pequeno para significar que estamos livres. A Prefeitura de Itabira não medirá esforços para garantir a saúde da nossa população, mas precisamos contar também com a consciência das pessoas. A vacina é um alento, mas a guerra ainda não acabou”, declarou o chefe do Executivo.
A primeira itabirana a ser vacinada foi Maria Aparecida Santos de Paula. Profissional de saúde há 29 anos, a técnica de enfermagem atualmente integra a equipe da Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) destinada exclusivamente ao combate à Covid-19 no HMCC. A vacina foi aplicada pela enfermeira Valéria Cristina de Souza Barcelos, servidora da Unidade Básica de Saúde (UBS) do bairro Amazonas.
Maria Aparecida será uma das mil pessoas que serão vacinadas inicialmente em Itabira. As doses foram recebidas pela Secretaria Municipal de Saúde nesta manhã de terça-feira. Além do montante inicial, a cidade ainda terá outras mil doses garantidas para a segunda dose deste grupo prioritário. A aplicação das vacinas no grupo inicial começará oficialmente nesta quarta-feira, com postos de imunização nos dois hospitais.
“Tenho pedido muito a Deus por esta vacina, porque não está fácil a nossa rotina de trabalho. Apesar de ter todos os materiais de proteção, mesmo assim a gente fica com medo. Estou muito feliz, muito feliz mesmo”, declarou a primeira vacinada, instantes antes de receber a imunização.
Já no Hospital Nossa Senhora das Dores (HNSD), a primeira imunizada foi a enfermeira Leide Soares de Souza, da UTI 2 da instituição. “Me sinto privilegiada. Como profissional de saúde da linha de frente venho mostrar a população que não é necessário o medo e sim que está é a nossa esperança de que aos poucos a vida irá se ajeitar”, afirmou.