Nesta terça-feira (7/5), a força-tarefa composta pela Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG), pela Polícia Militar (PMMG) e pelo Ministério Público (MPMG), por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate aos Crimes Cibernéticos (Gaeciber), deflagrou, em Olinda, com o apoio do Gaeco de Pernambuco, a terceira fase da operação “Di@na”. A ação resultou na prisão preventiva do principal investigado pelas ameaças de estupro e morte praticadas contra as deputadas estaduais Lohanna Souza França Moreira de Oliveira, Bella Gonçalves e Beatriz Cerqueira.
Na complexa investigação, iniciada em agosto de 2023, a Polícia Civil (por meio do Departamento Estadual de Combate à Corrupção e a Fraudes), o Ministério Público e a Polícia Militar apuraram que as ameaças foram planejadas e executadas no contexto de fóruns e grupos na internet denominados “chans”, onde seus integrantes realizavam incitação à violência, à pedofilia e à necrofilia, com postagens de imagens de estupros, assassinatos e mutilações e com grande conteúdo de abuso e exploração sexual infantil (pornografia infantil).
Nas fases anteriores, a força-tarefa, no cumprimento de medidas cautelares determinadas pelo Poder Judiciário de Minas Gerais, arrecadou diversos dispositivos de informática nas residências de outros investigados.
A partir de diligências cibernéticas avançadas e grande trabalho de campo, identificou parte dos usuários integrantes do “chan” ligados às condutas investigadas e o principal líder do grupo criminoso, usuário dos nicknames “Leon” e “Grow”.
Essa pessoa passou a ser o principal investigado como responsável pelos crimes cometidos contra as parlamentares mineiras e por coagir adolescentes a se automutilarem e a lhe enviarem fotos nuas.
A ação de hoje foi desencadeada pelas Forças de Segurança do Estado de Minas Gerais, após a identificação de contas de redes sociais utilizadas pelo investigado “Leon/Grow” e obtenção de sua localização, com o cumprimento da prisão preventiva e apreensão de computadores, telefones e pen drives com grande quantidade de material ligado ao caso.
O custodiado, por determinação judicial, será recambiado para o sistema prisional de Minas Gerais, onde responderá ao processo.
O nome da operação, Di@na, vem da deusa Diana da mitologia, que é a Deusa da caça e protetora das mulheres e crianças. O @ faz referência aos crimes cibernéticos investigados.
Fonte: Assessoria PCMG