A participação das mulheres na cafeicultura será destaque durante a Expocafé 2022. Considerada a maior feira da cafeicultura no Brasil, é uma das principais difusoras de tecnologias no segmento e reúne, anualmente, produtores, representantes da indústria e visitantes diversos. A Expocafé será realizada de 25 a 27/5, no Campo Experimental da Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig), em Três Pontas, no Sul de Minas.

Pelo terceiro ano consecutivo, a Emater-MG irá promover o Encontro das Mulheres do Café. Em 2020 e 2021, ele foi feito no formato virtual. Nesta edição, será presencial. O encontro será no dia 26/5, às 10h, na Tenda de Eventos e conta com uma programação especial dedicada às cafeicultoras.

As inscrições para participar do encontro promovido pela Emater serão feitas no dia e local do evento. A expectativa é a de que cerca de 150 mulheres estejam presentes.

Palestras e experiências

O 3º Encontro das Mulheres do Café vai contar com palestras e apresentação de experiências de mulheres que se destacam na cafeicultura familiar. A coordenadora técnica de Agroindústria da Emater-MG, Thaís Brumano Kalil, irá abordar a regularização de empreendimentos de processamento de café.

“A palestra é voltada para quem pretende regularizar as agroindústrias familiares que vendem tanto o café torrado, como o café moído. Com a valorização dos cafés especiais no mercado, aumentou o interesse dos produtores para fazer a própria torrefação. Então, mostraremos como elaborar um projeto, falar da importância de adotar o manual de boas práticas de produção e, assim, conseguir a habilitação para venda em todo o país”, explica a coordenadora.

Seguindo a mesma linha, a Superintendente de Vigilância Sanitária de Minas Gerais, Ângela Vieira, irá apresentar o programa Café com Visa, mostrando a importância e o processo de habilitação voltado para as agroindústrias familiares.

A atuação de duas cafeicultoras familiares do Sul de Minas também será destaque no encontro promovido pela Emater-MG. A agricultora Luciene Santos Mota vai relatar o trabalho que ela, o marido e os filhos desenvolvem no município de Pedralva. Eles produzem café orgânico em três sítios da família e fazem parte do Certifica Minas Café, programa de certificação de propriedades cafeeiras criado pelo Governo de Minas. A venda do café é feita para empórios, cafeterias, lojas de produtos orgânicos e mercados. Em 2016, tiveram o café exportado para o Japão.

Outra cafeicultura que irá apresentar sua experiência durante o encontro é a dona Maria Isolina de Souza. Com quase 90 anos de idade, ela é referência numa família que investe na produção de café. Hoje, o trabalho é desenvolvido junto com os filhos e netos, numa sucessão de quatro gerações.

A produção familiar de café na fazenda Mato da Onça, em Varginha, é de 300 sacas por ano, vendidas para cooperativas da região. Recentemente, a família começou também a produzir cafés especiais. A Emater-MG faz parte da história da família da dona Maria Isolina. Faz aproximadamente 30 anos que os técnicos da empresa em Varginha prestam assistência na propriedade.

Fonte: Agência Minas