Referências técnicas dos 35 municípios que integram a Superintendência Regional de Saúde (SRS) de Sete Lagoas participaram nesta quinta-feira, dia 5 de maio, de um treinamento sobre a prevenção e o tratamento de casos de raiva em animais e pessoas. A iniciativa se dá em razão do reaparecimento de ocorrências do vírus no estado de Minas Gerais.
“A raiva é uma doença de alta mortalidade, porém pode ser prevenida por meio da vacinação de humanos e animais”, explicou a referência técnica do Núcleo de Vigilância Epidemiológica (NUVEPI) da SRS Sete Lagoas, Ana Paula Carvalho, ao relembrar aos profissionais de saúde os protocolos de atendimento para esses casos. “Para os humanos existe vacina e soro disponibilizados pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e para cães e gatos existe a vacina ofertada anualmente”, completou.
Carvalho apresentou a Nota Técnica 08/2022 do Ministério da Saúde, onde podem ser encontradas informações sobre prevenção e cuidados a serem tomados antes e depois da exposição da raiva humana. Segundo o protocolo, deve-se continuar registrando na Caderneta de Vacinação os procedimentos de tratamento como o nome dos imunobiológicos aplicados na população, que são o soro antirrábico ou Imunoglobulina Humana Antirrábica, com as devidas informações.
Depois da exposição a animais que podem transmitir raiva, o protocolo orienta que a pessoa busque um serviço de saúde imediatamente para receber o soro. Em relação aos animais domésticos como cães e gatos, além de manter a vacinação em dia, caso sejam observados sintomas sugestivos de raiva, é indicado a observação do animal por 10 dias. “O animal infectado pode transmitir a doença pela saliva por um período entre dois a cinco dias do período de incubação, quando ainda não apresenta sinais da doença, persistindo até sua morte que ocorre até o quinto dia do surgimento dos sintomas”, explica Carvalho.
Essa característica da doença é o que explica a necessidade de que a captura de animais silvestres – como morcegos – encontrados mortos seja realizada por órgãos especializados. Já em situações em que o animal desapareça ou morra sem que seja descartado o diagnóstico de raiva, o atendimento a pessoas com contato deve ser iniciado imediatamente.
Outro público que precisa de atenção são aqueles que trabalham diretamente com animais de corte. Para a coordenadora da NUVEPI, Silmeiry Angélica Teixeira, “com animais como cavalos, bois, ovelhas e demais animais de produção, a interação com cuidadores deve levar em conta o risco da doença apresentado na localidade”. A Superintendência Regional de Saúde de Sete Lagoas oferece auxílio para avaliação e suporte em relação a casos suspeitos por meio de orientação aos municípios, reuniões e informações a profissionais que também podem entrar em contato com a Vigilância Epidemiológica Regional.
Fonte: Assessoria Secretaria de Estado Saúde