O deputado estadual e vice-presidente da Comissão de Minas e Energia da Assembleia Legislativa, Bernardo Mucida, recebeu a visita dos vereadores de Itabira Júber Madeira, Bernardo Rosa e Carlos Henrique Oliveira na tarde desta quarta-feira (19). Eles se reuniram para debater as principais ações de apoio aos moradores dos bairros Bela Vista e Nova Vista quanto à possibilidade de remoção de aproximadamente 300 famílias, devido à descaracterização dos diques do Complexo do Pontal, pertencente à Vale.


A união de esforços, segundo Bernardo Mucida, é imprescindível para garantir o direito dos moradores, que estão muito apreensivos com a possibilidade de remoção e também pela falta de informações mais detalhadas por parte da Vale. Ainda de acordo com o parlamentar “o diálogo neste momento precisa ser constante, para que as ações sejam concretas e assertivas”.


“A Vale já sinalizou a possibilidade de remoção das famílias. O que precisamos fazer é encontrar maneiras de minimizar os impactos financeiros e sociais que estas remoções trarão aos moradores. Precisamos estar atentos, para que nenhum morador tenha prejuízo. Não podemos permitir que as pessoas sejam retiradas de suas casas e ainda sejam prejudicadas. Por isso, precisamos unir esforços, para que não tenhamos um problema ainda mais grave em nossa cidade”, defendeu o deputado.


O vereador Júber Madeira considerou como “essencial” a reunião com Bernardo Mucida na tarde desta quarta-feira. Segundo ele, a união de esforços junto ao deputado “eleva a discussão em nível estadual”.

“Quando se fala em descomissionamento e plano de remoção, a discussão está relacionada ao futuro da nossa cidade, ao futuro da nossa população e este é um assunto que muito nos preocupa. Com essa unidade [entre os vereadores e o deputado] queremos alcançar o objetivo maior, que é o futuro sustentável para Itabira”, destacou Júber Madeira.


De acordo com o vereador Bernardo Rosa, o momento é de reivindicar da mineradora não só um acordo mais justo e ações que minimizem os impactos causados com a possível remoção das famílias, mas o debate de uma cidade sustentável e menos impactada nos próximos anos. “Precisamos de maior empenho para que possamos ter no futuro não o monopólio da mineração em nossa região, o que de fato iremos perder”, avaliou o vereador.